Podes dar a tua face por Jesus neste endereço…
Uma campanha em parceria entre a Terra das Ideias, a Agência Ecclesia e a Diocese do Porto.
…rezando e meditando… pensando e partilhando…
Podes dar a tua face por Jesus neste endereço…
Uma campanha em parceria entre a Terra das Ideias, a Agência Ecclesia e a Diocese do Porto.
Ressuscitou, Ressuscitou!
Como dissera…
Ressuscitou, Ressuscitou!
Vencendo a morte!
Vi o Senhor Jesus!
Vi o Senhor…
Vi o Senhor Jesus:
Vivo! Vivo!
Elevai para os céus o olhar: em primeiro lugar para fazer isto, devemos recolher-nos e recolher; imaginem quando não havia ceifeiras-mecânicas e o trigo era recolhido à mão… Mal tenhamos vagar, devemos recolher-nos, porque é nos momentos de silêncio que o Ser emerge, pode emergir, como substância nossa e companhia da nossa existência.
Por isso, o primeiro indício de que alguma coisa de novo aconteceu em nós e, portanto, cresce (dado que a chuva mandada por Deus não cai sobre a terra sem dar fruto), é o amor ao silêncio. O silêncio é a procura da vida, é a busca de significado, por isso da plenitude do viver. Não, não se deve amar o silêncio; mas, certamente, no silêncio aparece o que deve aparecer, num esplendor crescente.
A primeira necessidade do nosso caminhar é o silêncio, porque só com esta condição podemos procurar o Verbo da vida, porque “tudo foi feito por meio d’Ele, e de tudo o que existe, nada foi feito sem Ele” (Jo 1, 3), Aquele que nasce entre nós. Ele, que começou a nascer entre nós, surgirá cada vez mais no seu esplendor, se nós o procurarmos.
A primeira flor do silêncio é a alegria, tal como florescem silenciosamente os rebentos sobre as árvores.
Silêncio e alegria deveriam ser as características apaixonadas da nossa alma, isto é, do nosso existir consciente, do nosso viver como homens. Silêncio, isto é, a procura, e alegria, que acompanha inexoravelmente a procura.
Nossa Senhora ensina-nos esta atitude de espera atenta: No anúncio a Maria, as palavras do Anjo podiam confundi-la de espanto e humildade. Porém, não eram de molde a serem totalmente incompreensíveis, tinham qualquer coisa pela qual se tornavam compreensíveis à alma daquela rapariga que vivia os seus deveres religiosos.
Nossa Senhora abraçou-as: “Eu sou a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Não porque compreendesse, mas na confusão tornada imensa pelo Mistério que se anunciava vibrando na sua carne, Nossa Senhora abre-lhe os seus braços, os braços da sua liberdade e diz: “Sim”. E esteve alerta todos os dias, todas as horas, todos os minutos da sua vida.
O estado de alma de Nossa Senhora, aquele estado de ânimo que opera uma atitude e a decide face às ocasiões e ao tempo, como se pode definir melhor este estado de alma de Nossa Senhora do que com a palavra “silêncio”? É mesmo o silêncio, repleto de memória. Duas coisas contribuíam para esta memória, duas coisas determinavam este silêncio. A primeira era a recordação do acontecido. O acontecido conservava intacta a sua maravilha, o seu mistério verdadeiro, o seu mistério de verdade, porque – e é a segunda coisa – tinha qualquer coisa de presente: aquele Menino, aquele jovem presente, aquele Filho presente.
(Luigi Giussani)
[Sábado Santo de 2011]